Experimento 2

Um apartamento qualquer, de uma cidade qualquer, onde mora qualquer pessoa. A campainha toca. Ela vai atender. Ao abrir a porta, depare-se com ele. Faz menção de fechar a porta, mas ele a olha com algum desespero e segura a porta com alguma força, ao que diz:
- Eu não vim aqui pra entender ou explicar, nem pedir nada pra mim.
Pausa. Ela suspira e pára de forçar a porta.
- Eu vim pelo que sei. E pelo que sei - ele desvia o olhar do rosto dela, recaindo sobre a maçaneta - você gosta de mim. - pausa curta, volta a olhá-la - É por isso que eu vim.
Ela o olha firme, não vacila na pausa que se sucede.
- Eu não quero cantar pra ninguém a canção que eu fiz pra você. - em seguida, abaixando o tom de voz, ele prossegue - Que eu guardei pra você... pra você não esquecer que tenho um coração e é seu tudo mais que eu tenho. Tenho tempo de sobra, - ele sorri pra ela, ela permanece firme - tenho um jogo de botão, - ela acaba por sorrir também - tenho esta canção.
Ela o deixa entrar.

Comentários

H. Kennerly disse…
você tornou realidade meu sonho de usar essa música numa histórinha assim, curta e linda. E fez muito bem.

Parabéns, é bom demais viajar nesse texto. :)

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