Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta

Juliana era uma trintona não muito atraente que estava encalhada e ia ficar pra titia. Virgem, romântica, nunca teve um namoro que tenha durado mais do que o tempo necessário para o canalha expressar que queria comê-la - o que de fato era muito rápido.
Andando apressada pelo centro de São Paulo e pensando nessas desgraças de sua vida, Juliana se deparou com uma loja de prateleiras, cabides e materiais para lojas em geral. E aí ela teve uma idéia estúpida.
Entrou na loja, sem muito entusiasmo e perguntou como quem não quer nada se eles vendiam manequins. Com a resposta positiva do atendente ela preencheu um cheque e mandou entregar um exemplar no endereço X no Morumbi, onde se localizava sua residência.
Foi embora e passou o dia à espera do homem de plástico que não era safado e ia lhe fazer um bem danado. Entusiasmada, resgatou roupas velhas de primos e parentes que as tinham esquecido em seu domicilio sabe Deus porque e compôs o modelito do seu grande amor: uma calça jeans surrada, um cinto preto, uma camisa social cinza claro e um par de havaianas 42 que não entrariam nos pés do manequim por ele não possuir dedos.
Reservando as peças, sentou-se no sofá e passou a roer cada uma das unhas, pensando em como ele estava demorando e lembrando-se da biscate sem roupa (e com peitos muito pequenos, ela fez questão de lembrar) que tinha visto ao lado dele na loja quando o vendedor os apresentou. Passou-lhe pela cabeça que talvez os dois fossem amantes e isso a deixou zangada, mas logo abriu um sorriso pensando que desmancharia o caso de amor dos dois e que agora ela era a nova dona dele.
Ouviu então a campainha tocar e correu desesperada para atendê-la. Nem olhou para a cara do entregador, agarrou a caixa que ele trazia, murmurou um obrigado e entrou extasiada, carregando seu amor nos braços. Colocou a caixa no centro da sala e abriu-a vigorosamente. Mas ao observar o conteúdo, parou. Ele estava desmontado, aos pedaços, e isso fez com que ela imaginasse um esquatejamento e sentisse asco do cadável de seu amor. Sentou desconsolada no sofá, chorando a morte prematura de uma história tão duradoura e linda e decidiu que jamais se apaixonaria novamente.
No dia seguinte transou com o vizinho e viveu feliz pra sempre.

Comentários

Unknown disse…
bom
*eu gostei da menina no começo
*imaginei ela como sendo estabanada D:
*aí ela ficou decidida a pegar o manequim e tal
*aí eu achei engraçadinho =D
*aí ela começou ter draminhas idiotas de mulherzinha
*e no final teve o dramazão final de mulherzinha
*e pegou o vizinho e acabou '-'
*quebrou o ritmo q eu nao sei se gostei D:
Álvaro disse…
Pois foi da quebra de ritmo que eu gostei. Cara, eu nunca faria um texto assim.
Anônimo disse…
euri! muito!
B. disse…
Quebras de ritmo ownam quando são bem usadas.

E dessa vez você soube usar uma muito bem, por sinal. :)

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