Pensando sobre minha vida ou "a morte da bezerra em vários ângulos", Vol 2 - E ela podia simplesmente terminar
Examinar a própria existência é algo que exige questionamentos mais que afirmações. Prometo que vou fugir do padrão.
Ao mesmo tempo que existo, eu acabo. Vou me embora pra já. Não quero ver o que vem depois da linha que eu estou prestes a cruzar. Ao mesmo tempo que quero que acabe o ano, tenho medo do fim. Quero o fim. Do ano, do dia, de tudo.
Quero não ter de viver o que esperam que eu viva. Quero não ter de ir atrás do que eu espero que eu viva. Não quero brigar por uma merreca de futuro.
O mais sofrível é que eu quero de mais e ajo de menos. Sou um inútil preso à contemplação da minha vida, imaginando como seria bom que tudo parasse, voltasse.
O pior de ir ao extremo da felicidade é o baque que se tem quando se bate no fundo do poço assim que se cai da estratosfera. Dói.
Por que não simplesmente deixar ir? (aparecem os questionamentos) Me desprender é o mais simples, ignorar futuro, passado, me manter na queda livre pra sempre e não bater mais no chão.
Dou-me a resolução do problema por mim mesmo. E não sei se é isso que eu quero. Não sei se quero resolver o problema. Por que, pra mim, continua parecendo errado.
Comentários
No mais, eu acho que, todos, de certa maneira, angustiamo-nos com essa ambigüidade de querer deixar tudo como está e ter a vontade de ver como é quando se muda.
É certo que a estagnação não vai proporcionar mudança, mas será que isso é tão ruim assim, mesmo? E será que estamos mesmo estagnados, e não nos metamorfoseando todo dia, todo instante, por mais que isso não pareça?
O que fazer? Vai saber.
Mas será que alguém sabe dizer, at all?
Anyway, post confuso, mas basicamente eu concordo que isso é um dilema.
² não quero que isso soe como uma 'retribuição' pelo comentário, mas seu texto ficou muito bom MESMO, é difícil falar sobre a própria existência sem ficar piegas, mas voce prosperou nesse tema.
³ me identifiquei demais:
"O mais sofrível é que eu quero de mais e ajo de menos. Sou um inútil preso à contemplação da minha vida, imaginando como seria bom que tudo parasse, voltasse."