Daí vem o furacão e engole meio mundo.
São Paulo balança (!) um pouquinho com um terremoto de nada que se quer assustou alguém na real, foi mais uma massagem nas costas e nádegas humanas e urbanas, e já vira motivo de matéria no Fantástico. Ou no Domingo Espetacular, que passa antes. Dois dias e todo mundo já esqueceu o assunto.
O terremoto na China, também. Milhares de pessoas, montes de pedras, uns soldados heróis, uns quatro dias pra todo mundo esquecer. Pena, muita gente morreu, teve um comentário bobinho, um burburinho e nada mais, Isabella tomou os holofotes e ainda se provou uma das matérias mais populares e cheias de ibope do país, talvez empatando com o caso de Suzanne Von Richthofen. Uma mata os pais, a outra os pais matam. E ninguém liga muito pro sismo do Ceará.
O Tsunami todo mundo lembra. Não acontece sempre, também, um estilo fresquinho de desastre natural. E é só por isso que todo mundo lembra. Nunca tinham visto um tsunami e aquelas ondas enormes parecem bem mais assustadoras que os ciclones que protagonizaram filmes americanos típicos e comuns. Piedade desse dia depois de amanhã que ninguém realmente se importa.
Não sei se isso é conformismo, se isso é falta de preocupação com o futuro, se isso é a ordem natural das coisas. Sei que os seres humanos pensam que entendem o próprio planeta quando, no fundo no fundo, nem lembram onde guardaram o controle remoto, num passado remoto, atrás do sofá.
O terremoto na China, também. Milhares de pessoas, montes de pedras, uns soldados heróis, uns quatro dias pra todo mundo esquecer. Pena, muita gente morreu, teve um comentário bobinho, um burburinho e nada mais, Isabella tomou os holofotes e ainda se provou uma das matérias mais populares e cheias de ibope do país, talvez empatando com o caso de Suzanne Von Richthofen. Uma mata os pais, a outra os pais matam. E ninguém liga muito pro sismo do Ceará.
O Tsunami todo mundo lembra. Não acontece sempre, também, um estilo fresquinho de desastre natural. E é só por isso que todo mundo lembra. Nunca tinham visto um tsunami e aquelas ondas enormes parecem bem mais assustadoras que os ciclones que protagonizaram filmes americanos típicos e comuns. Piedade desse dia depois de amanhã que ninguém realmente se importa.
Não sei se isso é conformismo, se isso é falta de preocupação com o futuro, se isso é a ordem natural das coisas. Sei que os seres humanos pensam que entendem o próprio planeta quando, no fundo no fundo, nem lembram onde guardaram o controle remoto, num passado remoto, atrás do sofá.
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