Personificação é o cacete.
Olá, eu sou a falta de senso. Essa é minha primeira vez por aqui, sou um dama que adora aparecer em público mas não costuma falar sobre. Não costumo falar, na verdade, que dirá escrever. Mas estou sempre ali, pertinho, pronta pra deixar você e todo mundo agonizando de angústia, talvez consumindo um absurdo, uma falta de respeito. Ou um belo copo de guaraná.
Venho aqui pedir desculpas. Sabem, é até meio melancólico, um sentimento dizendo que sente muito. Irônico, talvez, mas ainda assim melancólico. Eu teria pena de mim, se fosse você.
Pois bem, as desculpas. Nem acho que realmente as deva à você, por que a sua obrigação, no mínimo, é saber conviver com infutúnios como eu, apesar de que "infortúnio" não é exatamente um palavra muito bela. E eu, sou belíssima, muito mais que você. Muito mais que toda a sua família.
Bom, as desculpas. Trata-se de um assunto não muito complexo. Vocês estão todos os dias em minha presença. Seja no ônibus, quando é obrigado à ceder lugar para uma grávida, enquanto todos os bancos preferenciais estão ocupados por pessoas como você, e eu saio zunindo da boca dela como um "Esses estudantes que nem respeito tem, deviam dar lugar para as pessoas!"; seja no cara que paga as contas do banco para a amiga e deixa ela passar na frente, enquanto eu estou ali impressa no sorriso de cumplicidade; ou seja quando você percebe alguém rindo da velinha que está a milênios tentando pegar o pote de picles.
E essa minha presença, primordial e mágica, é do que eu me desculpo. Vocês não me amam, nunca me amaram, mas todos vocês acabam por me utilizar nos momentos que convem. Vocês todos são meus chegados, e eu espero que, portanto, me desculpem.
Venham todos à mim, aliem-se à falta de senso, utilizem-se dos outros, e vamos juntos à forra!
Venho aqui pedir desculpas. Sabem, é até meio melancólico, um sentimento dizendo que sente muito. Irônico, talvez, mas ainda assim melancólico. Eu teria pena de mim, se fosse você.
Pois bem, as desculpas. Nem acho que realmente as deva à você, por que a sua obrigação, no mínimo, é saber conviver com infutúnios como eu, apesar de que "infortúnio" não é exatamente um palavra muito bela. E eu, sou belíssima, muito mais que você. Muito mais que toda a sua família.
Bom, as desculpas. Trata-se de um assunto não muito complexo. Vocês estão todos os dias em minha presença. Seja no ônibus, quando é obrigado à ceder lugar para uma grávida, enquanto todos os bancos preferenciais estão ocupados por pessoas como você, e eu saio zunindo da boca dela como um "Esses estudantes que nem respeito tem, deviam dar lugar para as pessoas!"; seja no cara que paga as contas do banco para a amiga e deixa ela passar na frente, enquanto eu estou ali impressa no sorriso de cumplicidade; ou seja quando você percebe alguém rindo da velinha que está a milênios tentando pegar o pote de picles.
E essa minha presença, primordial e mágica, é do que eu me desculpo. Vocês não me amam, nunca me amaram, mas todos vocês acabam por me utilizar nos momentos que convem. Vocês todos são meus chegados, e eu espero que, portanto, me desculpem.
Venham todos à mim, aliem-se à falta de senso, utilizem-se dos outros, e vamos juntos à forra!
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