É.
Eu tenho exatos sete minutos pra escrever esse texto antes que seja dia 20.
Como é duro falar de coisas indiretamente pra quem puder entender entender e quem não puder entender entender como puder. Como é complicado ser discursivo ampliando tudo e fazendo casos pequenos e objetivos parecerem textos enormes de 10000 caracteres e cinco minutos.
Não dá. Eu já tentei agora, em dois minutos, escrever um paragrafo enorme de introdução a um assunto que eu não consigo falar sem ser específico, sem citar nomes, sem expor pessoas e situações. Minha corrida contra o tempo me leva a lugar nenhum. Falta ser conciso e dizer exatamente o que é pra ser dito.
Mas eu não quero que os outros leiam esse texto de sete minutos que poderia sair. Quero dizer pras pessoas, quero que elas ouçam, mas preferia que não entendessem, que apenas me olhassem com cara de interrogação indagando o que eu realmente quero dizer. E faltam três minutos.
Nunca pensei que eu não conseguiria falar sobre algo hipotéticamente sem ter de mostrar os fatos, para que a pessoa entendesse a situação e pudesse opiná-la com o meu ponto de vista mais sem saber de todos os detalhes. Pensei que pudesse sempre ocultar os sentimentos mais tenebrosos em longos parágrafos que pudessem ser lidos inocentemente e interpretados da forma que fosse mais cabível, sem tirar das pessoas o direito de opinar e aconselhar.
Mas dessa vez eu queria mesmo é que todos me ouvissem, que todos me olhassem sorrindo e percebessem que eu também estou sorrindo irremediavelmente, inconsequentemente e inimaginavelmente, nesse meu último minuto que diz pra você o que você sabe que eu queria dizer.
Como é duro falar de coisas indiretamente pra quem puder entender entender e quem não puder entender entender como puder. Como é complicado ser discursivo ampliando tudo e fazendo casos pequenos e objetivos parecerem textos enormes de 10000 caracteres e cinco minutos.
Não dá. Eu já tentei agora, em dois minutos, escrever um paragrafo enorme de introdução a um assunto que eu não consigo falar sem ser específico, sem citar nomes, sem expor pessoas e situações. Minha corrida contra o tempo me leva a lugar nenhum. Falta ser conciso e dizer exatamente o que é pra ser dito.
Mas eu não quero que os outros leiam esse texto de sete minutos que poderia sair. Quero dizer pras pessoas, quero que elas ouçam, mas preferia que não entendessem, que apenas me olhassem com cara de interrogação indagando o que eu realmente quero dizer. E faltam três minutos.
Nunca pensei que eu não conseguiria falar sobre algo hipotéticamente sem ter de mostrar os fatos, para que a pessoa entendesse a situação e pudesse opiná-la com o meu ponto de vista mais sem saber de todos os detalhes. Pensei que pudesse sempre ocultar os sentimentos mais tenebrosos em longos parágrafos que pudessem ser lidos inocentemente e interpretados da forma que fosse mais cabível, sem tirar das pessoas o direito de opinar e aconselhar.
Mas dessa vez eu queria mesmo é que todos me ouvissem, que todos me olhassem sorrindo e percebessem que eu também estou sorrindo irremediavelmente, inconsequentemente e inimaginavelmente, nesse meu último minuto que diz pra você o que você sabe que eu queria dizer.
Comentários
Entendo o que quis dizer, e mesmo se não o fizesse, seu objetivo seria alcançado, já que para os que, atrás das telas, papéis e máquinas escrevem, só basta jogar a moeda para o alto e esperar que caia de um lado, mesmo sabendo que tais moedas costumam ter infinitas faces.
Teh mais
Costumava fazer bastante isso, mas agora ando fazendo pouco, não sei porque. .-.