Leia-me.

Não é você quem passa a maior parte do tempo exposto a quem quer que seja. Por simples capricho de um otário qualquer que se diz inteligente, eu fico aqui, completamente aberto, pronto para conhecerem cada uma das minhas intimidades, cada mísero detalhe de mim. Céus, por que alguém perderia seu tempo mostrando minhas intimidades - que ele diz serem dele, aliás - para pessoas que eu tenho quase certeza não querem vê-las?
Não gosto nada de estar aqui, pronto para ser visto por quem bem entender. Não gosto de ter de expressar o que ele quer que eu expresse quase como um objeto, um discípulo, um ator itinerante. Sou um mísero representativo gráfico, um monte de detalhes que formam um todo e tentam inutilmente expressar algo que nem mesmo ele sabe bem o que expressar. Sou, portanto, ridículo e inapto a mudanças. Sou nada mais do que se vê.
Eu nunca estive aqui, porém. Conheço esses detalhes e revolto-me pelo simples fato de já ter ouvido falar, de outros camaradas, sobre o assunto. Eu estou aqui, na verdade, sem que seja para expressar minhas idéias na real: isso tudo é dele, pertence a ele, veio dele e não de mim. Não sou eu, no fim, que reclamo por tudo isso, por estar aqui completamente a mostra, é ele quem reclama por mim, quem faz de mim o que sou, o ingrato que sou. Não sou assim, mas sou o que ele quer que eu seja, pois sou parte dele. Sou ele, de maneira menos concreta, mais psicótica, mais diplomática. Sou ele, apesar de não gostar, e sou o que sou. Nada mais do que se vê.
Sou, portanto, um pedaço de idéia. Um texto jogado numa página de internet. E que, apesar de não gostar do fato de que talvez vá ser lido, espera desesperadamente ser mais bem sucedido que os meus colegas. Por que apesar de não ser um humano, vim de um e, portanto, o sou. Os defeitos são os mesmos, já os erros ortográficos não.

Comentários

Daysinhaa disse…
Desculpa, mas esse post eu não entendi bulhufas.

=/

Qual sua intenção??
Daysinhaa disse…
Ah então agora eu entendi!

=D

Tiops, apesar de ter entendido o texto, eu não consigo pensar no porque você escolheu esse tema para escrever.

=/

Eu não quero saber sobre a triste "vida" de um texto, que fica ai, prefiro pensar neles como simples letrinhas que formaram cada palavra que no caso de um texto, estão juntos traduzindo seus pensamentos, de forma que qualquer pessoa possa vir a entender, sem precisar saber ler mentes e talz.

GIGANTE
acho que está até meio redundante, mas é isso.
Unknown disse…
eu pesso perdão ao papai do céu todas as noites antes de dormir, pelos meus erros de português.
Victor disse…
Eu me senti um psicólogo conversando com o Marvin.
Enfim, eu gostei do texto, pensando desse jeito, todo amontoado de palavras que escrevemos não tem outro propósito que não expressar nossas idéias contra a vontade dos mesmos, que aliás, nem nossas são, mas isso não é assunto para agora.
Seria interessante pensar em textos se rebelando e discordando com quem os escreveu, "A Revolução das Letras" (oiq).
Mas claro que se pensar desse jeito, a palavra falada também é assim, nossos pensamentos também, e assim por diante.
Argh, dói a cabeça pensar nesse assunto. Mas eu gostei sim, e não vi erros gramaticais gritantes, não. :3

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