O motivo de você não pegar a tia da esquina que estava se rebolando toda para o seu melhor amigo

Há muito tempo atrás, quando os homens mandavam e desmandavam nas mulheres, com toda a sua superioridade aparente sendo exposta de forma simples - eu mando, você faz -, surgiram os contos de fada. Juntamente com os contos de fada, surgiram anões, elfos, material para livros épicos com anéis e bussolas, e, obviamente, príncipes encantados.
Ah, os malditos príncipes encantados, completamente o oposto dos velhos Homens que mostravam quem é que mandava num simples olhar de mal-humor barbudo. Românticos, simpáticos, bonitos, elegantes, e, acima de tudo, não tão dominadores. Eram do tipo que fariam qualquer coisa pela mulher, e não que esperariam a mulher fazer qualquer coisa que fosse mandado em uma linha única de gritos e talvez até uns tapas numa crise única de sadismo súbita.
Eles, os príncipes encantados, submissos, elegantes e metrossexuais de mais pra idade média andam presentes até hoje, no nosso cotidiano, nas historinhas de criancinhas que eu tenho certeza que o rapaz barbado aí lê, nos filmes da Disney cheios de canções e morais e em qualquer paródia de contos de fada que se preze. Presentes de mais.
Eles enganam os homens que não nasceram na idade média, mostrando como se deve ser um perfeito cavalheiro, garanhão e pegador: Fiel, loiro e metrossexual. E submisso, claro.
Mas aí vem o feminismo (ou femismo, já que eu não faço a mínima idéia da diferença entre ambos e cabe ao leitor culto colocar o substantivo certo no lugar certo), com toda aquela história de igualdade de direitos, guerra dos sexos, mulheres votando (sabe-se lá por que raios essa idéia idiota) e todo o resto. Elas, no poder. Finalmente, tornando aos poucos os homens submissos como elas queriam na idade média.
Mas elas não estão satisfeitas. Elas querem um bom desafio, um placar empatado nos últimos segundos do segundo tempo, talvez com uns jogadores expulsos no processo. Elas querem ser dominadas, querem os homens medievais de volta, tornando-as objeto e batendo nelas assim que possível.
E é por isso, sem dúvida nenhuma, que todo nerd tetudo que com prazer cresceu vendo coisas açucaradamente felizes à lá Disney não arranja uma mulher. Por que ele é submisso quando elas querem que ele seja cafajeste, sujo, blacker, rapper e, acima de tudo, violento.
O que não muda em nenhum dos casos, seja do príncipe encantado ou do gangster malvadão, é o fato de que ambos possuem uma quantia de dinheiro BEM GRANDE.
Mas é claro que dinheiro não é o que importa, no fim das contas.